Elaboração e acompanhamento de políticas internas e gestão participativa
Vivemos um modelo de gestão impositivo, no qual decisões administrativas e burocráticas estão centralizadas na Reitoria e nas Pró-reitorias. Os fóruns destinados a essas discussões são tacitamente retaliados, e decisões de fato colegiadas sequer são consideradas pela atual gestão. Propomos que para cada procedimento, tais como a revisão e elaboração de resoluções e normativas, a especificação de requisitos e funcionalidades dos sistemas internos, a revisão de fluxos processuais, os próprios editais internos tenham a participação das câmaras competentes e/ou dos fóruns ligados à decisão.
A gestão participativa é um modelo que valoriza a troca de experiências, buscando trazer as pessoas para atuarem de forma colaborativa na busca pelas melhores soluções para os problemas da instituição. A descentralização de lideranças, a transparência nas decisões, o fomento à espaços de discussão e o estabelecimento de canais claros de comunicação são mecanismos que podem auxiliar nesse processo. A promoção de um ambiente colaborativo, além de potencializar os resultados, estimula a cultura da inovação nos diversos níveis da instituição, auxiliando na construção de um ambiente institucional que não é estático, mas evolui na medida em que as necessidades se apresentam, buscando sempre a eficiência e eficácia.
A gestão participativa se fundamenta na abertura para a construção de processos e fluxos de trabalho pelas pessoas que o fazem cotidianamente e com a participação de seus usuários/as. As pessoas que trabalham nas unidades conhecem os processos, suas falhas, assim como as possibilidades de melhorias; os/as usuários/as vivenciam os serviços ofertados, podendo apresentar suas impressões, assim como debater a forma como estão organizados, sugerindo mudanças a partir de suas experiências (únicas e distintas das de trabalhadores/as e gestores/as). Para que esses processos se tornem efetivos, é fundamental promover uma nova práxis política na universidade, ancorada nos princípios da cidadania ativa, participação social e diálogo crítico.
Dessa forma, visamos: 1) implementar instrumentos de participação, tais como orçamentos participativos, consultas públicas e audiências abertas; 2) garantir a transparência das ações e decisões da universidade, disponibilizando informações acessíveis e promovendo a prestação de contas regular à comunidade; 3) estabelecer conselhos consultivos e deliberativos com a participação de diversos segmentos da sociedade civil, assegurando que suas vozes sejam ouvidas e consideradas nas decisões universitárias; 4) desenvolver um programa de formação continuada em Gestão Democrática e Planejamento Participativo para professores, servidores técnico-administrativos e gestores da universidade.
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