Promoção da cultura colaborativa entre os três agentes, com reconhecimento mútuo do papel de cada um
Uma UFPR mais coletiva constrói um ambiente mais colaborativo e menos competitivo, no qual todos ganham e ganha a UFPR. Significa que os interesses, ainda que orientados para as particularidades de cada área de conhecimento, convergem para o desenvolvimento institucional. Significa também reconhecer que para alcançar diferentes objetivos é preciso conectar competências, o que só é possível com o investimento em processos de comunicação que identifiquem pontos de interesse e colaboração entre unidades, laboratórios, cursos e serviços.
Se entendemos comunicação como conexão, como tornar comum, fica mais claro pensar uma UFPR mais Coletiva, na medida em que isso pressupõe estabelecer canais de diálogo e compartilhamento de conhecimento. Isso pode ser feito pelo mapeamento dos grupos de pesquisa, dos programas e projetos de extensão e pela identificação dos pontos de contato que possam ter. Toda disputa de construção de imagem deve estar centrada no princípio de defender a universidade pública e suas especificidades, defender a ciência, defender o conhecimento e a formação acadêmica, defender a transformação da sociedade.
Para o público interno, de forma complementar, é necessário permitir que a comunidade se conheça. A UFPR é uma universidade fragmentada espacialmente, administrativamente e epistemologicamente. A comunicação tem um papel central de mostrar a um pesquisador o que outro faz, aos alunos de humanas o que acontece nos projetos de tecnologia e vice-versa. O norte desta visibilidade interna deve ser permitir e promover relações entre áreas distintas de saber, minimizando a fragmentação epistemológica, atuando contra ela, para promover mais interdisciplinaridade, mais projetos coletivos, de áreas que talvez hoje nem se vejam como potenciais parceiras. O mesmo pode acontecer em questões administrativas, pela exposição não apenas do que fazem a reitoria e suas pró-reitorias, mas de boas iniciativas de setores, cursos e departamentos. A creditação da extensão, por exemplo, pode ser objeto de pauta, mostrando propostas que estão conseguindo resolver a questão de forma satisfatória, de maneira que um aprende com as experiências dos outros. Isso também pode, e deve, ser feito em seminários, fóruns.
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