Por uma comunicação pública, institucional e democrática
A comunicação da UFPR começou com uma pequena unidade de assessoria de imprensa, ligada ao gabinete do Reitor, a Assessoria de Comunicação Social (ACS). Ainda com este nome, a unidade cresceu muito na gestão Carlos Moreira, sobretudo pela implantação de UFPRTV, que demanda mais espaço, recursos e pessoal. Ao mesmo tempo, a demanda pela organização de eventos, incluindo a elaboração de identidade visuais, com a criação da Feira de Cursos também ampliou as tarefas da unidade, que incorporou, mais recentemente, uma rádio, a UniFM, ainda longe do alcance da área de comunicação da UFPR, mas num distanciamento que precisa ser revertido.
Na gestão Zaki Akel Sobrinho, a unidade era grande, com uma estrutura administrativa pequena, sem autonomia financeira e com arranjos os mais diversos para contratação de pessoal, além de uma imensa quantidade de servidores desviados no quadro. Neste momento, ela mudou de configuração e passou a ser a Superintendência de Comunicação (Sucom), mas isso não se reverteu em soluções mais efetivas. São essas que precisam ser empreendidas neste momento.
A oportunidade está dada. A unidade tem jovens servidores RJU, no cargo de jornalistas, com uma visão mais institucional do que é comunicação universitária e comunicação pública. Some-se a isso a Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), projeto do governo federal, que já garantiu à UFPR mais uma rádio e uma concessão de TV aberta. Podemos ser repetidores da TV Brasil e isso implica responsabilidades, mas também abre uma oportunidade muito grande para discutir com o governo federal o aporte de orçamento e servidores para dar conta da tarefa.
Por isso, nosso diagnóstico da área e dos desafios futuros é o que segue:
A equipe está fragmentada, com relação pouco institucional entre servidores e terceirizados;
A autonomia editorial é praticamente nula e a unidade não dirige sua própria política de comunicação;
Não existem conselhos editoriais e de programação;
Rádio Uni e rádio Web estão distante e é pouca a integração com a UFPRTV;
A equipe continua majoritariamente terceirizada;
Fluxos e rotinas são poucos claros;
Metas e visão da unidade são obscuros;
O Saci está com diversos problemas.
Por isso, propomos:
Negociação ativa com o governo federal para construir a RNCP, recebendo contrapartida de servidores e orçamento, diminuindo assim a dependência de trabalhadores terceirizados e em desvio de função;
Criação de conselhos editoriais e de programação;
Reformulação da arquitetura institucional da Sucom, inclusive com o aporte de mais funções gratificadas;
Reorganização de fluxos e rotinas, definição de objetivos claros, com maior protagonismo dos servidores;
Unificação dos meios eletrônicos numa só política de comunicação, tornando a UniFM e a UFPRTV mais abertas à comunidade universitária;
Separação das equipes, criando um time de comunicação estratégica do reitor e vice dentro do Gabinete e respeito pelas decisões sobre a noticiabilidade dos eventos em que o gabinete está envolvido.
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